O Hipertireoidismo é uma alteração da glândula tireóide onde ocorre aumento na produção de hormônio tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Os sintomas mais frequentes são perda de peso sem perda de apetite, dificuldade para iniciar ou manter o sono, tremor de mãos, palpitações, irritabilidade, alterações intestinais como diarreia, alterações do ciclo menstrual, queda de cabelo e palpitação.
Existem basicamente 2 causas de hipertireoidismo: quando a glândula toda aumenta sua produção, chamamos de Bócio tóxico ou doença de Graves. Quando a glândula apresenta um ou mais nódulos que possam produzir hormônios em excesso, chamamos de bócio nodular tóxico. A diferença entre as causas é feita com base no exame clínico, e exames complementares como de sangue e ultrassonografia. Em ambos os casos o tratamento é relativamente simples, mas de grande importância, visto que se não tratado, o hipertireoidismo pode levar a complicações sérias como arritmias cardíacas graves e alterações psiquiátricas.
Inicialmente o tratamento pode ser medicamentoso, mas as duas opções disponíveis não são consideradas seguras para uso contínuo, principalmente em doses mais elevadas. A resposta ao tratamento medicamentoso costuma ser rápida, mas o seguimento clínico torna-se fundamental para que possam ser identificados possíveis efeitos adversos da medicação ou mesmo a mudança de hipertireoidismo para hipotireoidismo induzido pelo medicamento. Exames frequentes são importantes nessa fase, pois parte dos pacientes com doença de Graves podem entrar em remissão, ou seja, deixarem ao menos temporariamente de produzir os hormônios em excesso e ficarem bem controlados mesmo sem medicação. Uma parte deles pode evoluir para hipotireoidismo e necessitar de reposição com T4, e uma parte permanecer com hipertireoidismo, dependente de medicações. Nesses casos, o tratamento definitivo passa a ser considerado.