O diabetes do tipo 2 é mais comum em pessoas acima dos 30, 40 anos, com grande influência dos antecedentes familiares, associado ao sobrepeso e obesidade, principalmente quando existe acúmulo de gordura abdominal. Nesse tipo de diabetes, há uma combinação de uma dificuldade no hormônio insulina agir adequadamente com uma deficiência parcial do pâncreas em liberar insulina para suprir as necessidades.

Normalmente as pessoas que possuem diabetes do tipo 2 apresentam outras doenças associadas, como aumento de triglicérides, redução do “bom colesterol” (colesterol HDL), gordura no fígado (esteatose hepática), e hipertensão arterial. Fatores como o sedentarismo e o cigarro contribuem muito para o desenvolvimento dessas doenças, aumentando o risco de complicações, como infarto do miocárdio, acidentes vasculares (“derrames”), doença renal, amputações, e prejuízo da visão.

Os casos de diabetes tipo 2 estão aumentando de maneira alarmante, devido ao aumento no número de pacientes com excesso de peso, estilo de vida sedentário, alimentação rica em carboidratos e gorduras. No Brasil, estima-se que uma em cada nove pessoas entre 20 e 79 anos tenha diabetes, sendo o país com o maior número de casos na América Latina. Além disso, temos observado que populações cada vez mais jovens estão desenvolvendo o diabetes tipo 2

O tratamento do diabetes tipo 2 necessita de abordagem multiprofissional, com endocrinologistas, nutricionistas, enfermeiros e educadores físicos para associar tratamento medicamentoso, educação em diabetes, adequação alimentar e incentivo à prática de atividade física.

Por Dr Alessandro Capatti Alves
Fonte : Atlas da International Diabetes Federation