A obesidade na população pediátrica é definida pela Organização Mundial de Saúde como o aumento do índice de massa corporal ( IMC) pelo menos 2 desvios padrão acima do esperado para um determinado sexo e idade. Estudo recente aponta que crianças acima do peso possuem 75% mais chance de serem adolescentes obesos e adolescentes obesos têm 89% de chance de serem adultos obesos.

Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas e 18,9% dos adultos estão acima do peso. A organização mundial de saúde estima que até 2022 teremos mais crianças com obesidade que abaixo do peso no mundo.

A obesidade na infância pode trazer consequências tanto ainda nesta faixa etária quanto na vida adulta :
Na infância :

1. Aumento dos níveis de Triglicérides e Colesterol;
2. Aumento de doenças ortopédicas relacionadas ao peso ;
3. Piora de doenças respiratórias como asma;
4. Hipertensão arterial;
5. Gordura no fígado ( esteatose hepática);
6. Risco aumentado para diabetes do tipo 2;
7. Na puberdade, meninas tem mais chance de desenvolver síndrome dos ovários policísticos, com alterações do ciclo menstrual, acne, aumento dos pelos em face por exemplo,etc.

Na idade adulta

1. Aumento do risco de obesidade na vida adulta;
2. Aumento do risco de doenças cardiovasculares como infarto e acidentes vasculares cerebrais;
3. Aumento do risco de apneia do sono;
4. Doenças do fígado independentes da ingestão de álcool ( cirrose hepática secundária à esteatose)
5. Hipertensão arterial;
6. Diabetes mellitus tipo 2

Independente da faixa etária, a obesidade também leva o paciente a desenvolver baixa autoestima, com isolamento social , aumento do risco de doenças como depressão, ansiedade e transtornos alimentares.

A abordagem terapêutica da obesidade na população pediátrica é de extrema importância, principalmente com abordagem multiprofissional . Psicoterapia , seguimento endocrinológico, nutricional, orientação e estímulo à prática de atividade física, mas com engajamento e apoio dos pais , pois a alteração nos hábitos em casa , melhora na qualidade da alimentação da família como um todo são imprescindíveis para o sucesso no tratamento. Identificar fatores como ansiedade, depressão podem mudar a abordagem, garantindo tratamento à condição de base e fazendo com que a perda de peso seja consequência de um bom seguimento.

Fonte : dados do ministério da saúde