Trata-se de uma doença silenciosa, que acomete homens e mulheres, muitas vezes não diagnosticada até o paciente apresentar sua primeira fratura, às vezes sem qualquer relação com uma queda ou acidente. Em condições normais, a todo momento temos tecido ósseo sendo produzido e sendo reabsorvido pelo corpo. Na osteoporose, normalmente existe um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção dos ossos.

A doença está relacionada a alguns fatores, como história familiar, etnia, sedentarismo, uso do cigarro, abuso de bebidas como café, consumo de bebidas alcoólicas em grande quantidade, uso prolongado de algumas medicações como corticóides, o período pós-menopausa, pacientes submetidos à cirurgia metabólica para obesidade, doenças intestinais que prejudicam a absorção de alguns nutrientes e algumas doenças endócrinas específicas.

Quando se usa o termo osteoporose, muitas pessoas relacionam a doença apenas ao sexo feminino e à menopausa, o que é um erro, pois os homens também podem ser acometidos pela doença e pessoas de ambos os sexos podem ter a doença em idade mais precoce. Na mulher o período após a menopausa sem dúvida é um fator importante para o desenvolvimento de osteoporose nessa população. O sexo masculino não tem esse período marcado, ou seja, o homem continua a produzir testosterona em níveis suficientes, e a idade avançada não necessariamente está associada a uma menor produção de testosterona. Porém, algumas condições podem fazer com que o sexo masculino produza menos testosterona como doenças genéticas, traumas testiculares, infecções, doenças da glândula hipófise, tumores da glândula hipófise, obesidade, uso de medicações para outras doenças e que bloqueiam os efeitos da testosterona no corpo. Dessa forma, homens com essas doenças devem ter um controle rigoroso da densidade óssea por meio de exames de densitometria e complementando com avaliação laboratorial.

O diagnóstico pode ser feito com o exame de densitometria óssea, que, associado ao histórico do paciente, definem a necessidade bem como o tipo de tratamento a ser instituído.

Os vários tipos de tratamento disponíveis (orais ou injetáveis) devem ser monitorados periodicamente. A terapia não medicamentosa, tão importante quanto a medicamentosa, consiste em suspender o tabagismo moderar consumo de álcool, ingestão adequada em cálcio e vitamina D, e estímulo à prática de atividade física.

A doença não tratada adequadamente pode ocasionar quedas, fraturas e outras complicações mais graves relacionadas à imobilização do paciente, além de possíveis cirurgias.