O diabetes tipo 1 , também conhecido por diabetes juvenil , é uma condição onde o órgão responsável pela produção de insulina ( pâncreas) perde a capacidade de produzir e secretar insulina devido a um processo onde há produção de anticorpos contra enzimas e células do órgão. Essa produção de anticorpos é feita pelo próprio corpo, o que caracteriza o diabetes tipo 1 como doença auto imune. O termo juvenil não é totalmente correto, pois a doença pode acometer pessoas acima de 35 anos, logicamente em menor frequência.
Ao contrário do tipo 2, os sintomas do diabetes tipo 1 ocorrem nos primeiros dias da doença. Perda de peso, aumento do volume de urina, aumento de sede e fome acontecem de forma rápida e levam o paciente a procurar atendimento médico. Alguns pacientes descobrem sua doença por meio de uma complicação grave chamada cetoacidose diabética, que requer tratamento hospitalar em unidade de terapia intensiva. Mesmo após um tratamento correto ao longo dos anos, situações como infecção, omissão de doses e uso de alguns medicamentos podem desencadear a cetoacidose. Pacientes bem controlados dificilmente a desenvolverão , e se eventualmente o fizerem, costuma de ser de intensidade leve e rápida resolução.
O diagnóstico do diabetes tipo 1, é o mesmo que os dos demais ( uma glicemia ao longo do dia maior que 200 mg/dl na presença de sintomas, ou glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl ou dosagem de hemoglobina glicada maior ou igual a 6.5%). A diferença é que a dosagem de anticorpos com o anticorpo anti GAD encontra-se elevada, evidenciando a presença de autoimunidade associada.
O tratamento para o diabetes tipo 1 consiste em insulinoterapia, seja por uso de múltiplas aplicações com seringas e canetas, ou por infusão contínua de insulina. Em breve no Brasil teremos a opção inalável, que substituirá as aplicações de insulina de ação rápida nas refeições e eventuais correções.
Pacientes com bom controle raramente desenvolverão complicações. Nenhum alimento é totalmente proibido para a pessoa com diabetes. A contagem de carboidratos é um método que possibilidade ao paciente aplicar sua insulina rápida conforme o que come. Isso torna o controle mais previsível, além de melhorar a qualidade de vida e flexibilizar a dieta, reduzindo o risco de hiperglicemia quantos a hipoglicemia.