A aplicação de algumas medicações para o tratamento do diabetes pode ser realizada em locais como abdome, região lateral das coxas, principalmente na parte superior, onde há maior quantidade de tecido subcutâneo, região posterior dos braços ( nos casos onde alguém faça a aplicação pelo paciente), região lateral dos glúteos (normalmente para crianças e pacientes muito magros). Todos esses locais podem ser utilizados e mesmo dentro de uma mesma região ( abdome por exemplo), é fundamental realizar o rodízio , dividir o local em regiões e mudar o ponto de inserção da agulha. Tal medida é de grande importância para manter a absorção da medicação pelo organismo e para evitar alterações do tecido gorduroso (ou subcutâneo), conhecidas por lipodistrofia. Existem dois tipos de lipodistrofia relacionadas à aplicação : A lipo hipertrofia (Foto 1) aparece na forma de nódulos nos locais das injeções. O outro tipo de lipodistrofia é chamado de lipoatrofia ( foto 2) e consiste na perda de gordura sob a pele.
Clinicamente observa-se um declive, uma região de pele que “afunda” em relação à pele sã. Vale reforçar que não se recomenda a aplicação de nas áreas de lipodistrofia seja hiper ou hipoatrofia, pois a absorção fica prejudicada e consequentemente o efeito da mesma. A lipodistrofia é mais fácil de ser sentida do que observada, por isso, o paciente deve verificar os locais de aplicação com os dedos frequentemente, e se perceber algo, avise seu médico.
O tratamento para ambos os casos consiste em poupar as áreas afetadas e não aplicar nenhuma medicação nessas regiões. Realizar o rodízio corretamente, mudar locais, trocar as agulhas em cada aplicação. Caso utilize bomba de infusão, rodizie o cateter para outros possíveis locais da mesma forma, lembrando que cada inserção pode permanecer por até 72 horas.