A medida de corpos cetônicos no sangue é uma maneira simples e eficiente em detectar de forma precoce a descompensação chamada cetoacidose diabética, uma complicação aguda e grave das pessoas com diabetes não controlado, principalmente os do tipo 1. Muitas vezes elas tem seu diagnóstico feito com base nos sintomas clássicos de aumento do volume de urina, perda de peso, aumento do apetite e da sede.

As pessoas que tem o diabetes tipo 1 ( onde o pâncreas perde a capacidade de produzir o hormônio capaz de reduzir as taxas de açúcar no sangue ) podem ter, nessa ocasião, um quadro conhecido por cetoacidose diabética, que frequentemente requer internação para sua reversão. Mesmo após anos de doença, situações como infecções e uso inadequado da medicação, ou omissão nas aplicações podem fazer com que essa complicação apareça. Se não identificada e tratada adequadamente, pode levar o paciente até à morte.

Normalmente o diagnóstico é feito dentro do ambiente hospitalar, por meio de exames de sangue e urina, e o paciente permanece internado até a reversão do quadro. De uma forma mais simples, é possível detectar se existe a presença de tais ácidos no sangue, quando as taxas de glicemia estão elevadas, normalmente acima de 250 mg/dL. Esse exames é chamado de cetonemia, e é realizado da mesma forma que a glicemia capilar, ou seja, por meio de uma gota de sangue na ponta de dedo. O que diferencia dos testes convencionais de glicemia capilar é que nem todos os aparelhos tem a capacidade de medir a cetonemia , e a fita a ser utilizada também é diferente. No Brasil, existe um modelo de glicosímetro capaz de medir a taxa de açúcar no sangue e de realizar os testes de cetonemia quando necessário, bastando utilizar as tiras específicas, facilmente encontradas em casas de produtos para pacientes com diabetes.

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